Os implantes dentários são “raízes artificiais”, utilizados para substituir os dentes ausentes ou perdidos com o objetivo de suportar uma coroa, uma ponte ou uma prótese. Podem substituir apenas um dente ou mesmo uma arcada completa. Com o constante desenvolvimento das tecnologias, os implantes dentários tornaram-se um tratamento previsível e seguro no dia a dia clínico.

implante dentário

Os tratamentos com implantes provocam dores?

Os procedimentos associados ao tratamento com implantes na maioria das situações não implica qualquer tipo de incómodo e/ou dor. É um procedimento realizado, na maioria das vezes, mediante anestesia local, tal como a maioria dos outros tratamentos dentários. No pós-operatório poderá haver um ligeiro incómodo, uma pequena inflamação e edema da área onde se realizou a cirurgia. Em casos muito excepcionais, estes sintomas poderão ser mais acentuados.

Em que consiste o tratamento com implantes?

Em termos gerais, inclui quatro fases: a fase de planificação, a fase cirúrgica, a fase restauradora e a fase de manutenção.

a. A fase de planificação poderá ser mais ou menos complexa dependendo da sua situação inicial. Implica o estudo do caso (exame clínico e radiográfico), bem como a realização de outros tratamentos dentários, de forma a alcançar uma boa saúde oral prévia ao tratamento com implantes.

b. A fase cirúrgica implica a realização de uma cirurgia com vista à colocação do implante (raiz artificial) em contacto direto com o osso. Pode haver a necessidade de realizar outras cirurgias dependendo do caso clínico.

Estas situações clínicas são específicas dos casos onde existe uma limitação em termos de quantidade de osso o que obriga a procedimentos cirúrgicos prévios.

c. A fase restauradora pode ser realizada no mesmo dia da cirurgia ou até 6 meses após a mesma, dependendo do caso clínico. Consiste num conjunto de procedimentos necessários à confeção da prótese a colocar sobre os implantes. Este conjunto de procedimentos pode implicar várias consultas, tentando conseguir alcançar uma função e estética adequadas a cada caso clínico.

d.A fase de manutenção é talvez a mais importante de todo o tratamento porque é aquela que permite que tudo o que até aqui foi realizado se mantenha em saúde ao longo da vida.
Não se pense que uma vez terminada a fase restauradora o tratamento está terminado. Na verdade, é a partir daqui e dos cuidados de higiene oral realizados pelo paciente e pelo médico dentista e/ou higienista oral que vai depender a duração e qualidade do tratamento realizado. Existem protocolos específicos bem documentados.

Podemos perder um implante?

Existem vários estudos a longo prazo que comprovam a eficácia do tratamento com implantes, na ordem dos 90% a 98%, em pacientes com boa saúde oral e sistémica. Naturalmente que, tal como outros tratamentos médicos e médico-dentários dependem de vários factores, tais como: as características anatómicas e fisiológicas dos pacientes e os seus hábitos de higiene oral, tabágicos, entre outros. No caso de perder um implante pode sempre colocar outro sem que isso implique um risco acrescido de futuro fracasso.

O tabaco é um fator de risco para a colocação de implantes?

O tabaco diminui a vascularização do osso e da gengiva, o que atrasa os processos de cicatrização, aumentando o risco de infeções. Está claramente provado na literatura científica que os implantes em pacientes que fumam apresentam uma maior taxa de insucesso. No entanto não está contra-indicado a colocação de implantes em pacientes fumadores.